Entre o berço de ouro e a lânguida sepultura
desabrocharam rosas de pétalas exangues
fluíram primaveras de humidade e pólen
cantaram cotovias ainda que baleadas
e as palavras se entorpeceram
de violência e amor.
agora pútridas as mãos
ossos amparam a memória
e a grave austeridade dos retratos
enquanto a casa jaze no seu silêncio
profundo.
só os espelhos tremem com os séculos
têm lágrimas de vidro nas polidas superfícies
agudas lâminas de aquosa dor
pela tua juventude arruinada
sexta-feira, 3 de abril de 2009
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2 comentários:
Oh, o Dorian Gray... ;)
A primeira estrofe está MUITO Wilde. - Já leste O Rouxinol e a Rosa? :)
É dos melhores que já publicaste no blog. Parabéns.
thanks Karenine! :) ainda não li o rouxinol e a rose. vou ver se leio.
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