"O sono retirou-se do meu corpo e as cigarras
atormentam as minhas noites. Depois de teres
partido, os lençóis são como limos frios
que se agarram à pele. Porém, se me levanto,
não faço mais do que arrastar a solidão pela casa;
talvez procure ainda um gesto teu nos braços
do silêncio, como um pombo cego a debicar
as sombras na única praça deserta da cidade -
o amor nunca aprendeu a ler nas linhas da mão."
O Canto do Vento nos Ciprestes, Maria do Rosário Pedreira
terça-feira, 15 de setembro de 2009
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